Ah! o Outono! Início de uma fase de transição dos extremos da temperatura entre verão e inverno. Época em que o vento sopra de forma diferente. As folhas perdem o verde, passam do vermelho ao amarelo e ficam lindas antes de caírem e iniciarem novo ciclo natural.
Calma, a introdução tem seu efeito, pois, se você é um daqueles que falam que não gostam de vinho branco ou rosé, que reclamam que não bebe vinho no calor e que é isso e que é aquilo, acabaram as desculpas, vez que a melhor época para os tintos é agora, ou quer coisa melhor do que degustar um bom vinho tinto com esse friozinho que se aproxima?
Vamos falar um pouco mais sobre ele: o vinho tinto!
ELABORAÇÃO: O vinho tinto, ao contrário do branco, é fermentado com a casca, pois é a casca da uva que dá a cor nos vinhos tintos. É possível fazer um vinho branco com uva tinta, isto é, utilizando apenas o néctar do bago, separando-o da casca.
Já o contrário, ou seja, fazer um vinho tinto só com uvas brancas: Impossível! Vale frisar que existem blends de vinhos tintos elaborados com uvas tintas e brancas que são fantásticos, como alguns vinhos do Rhône, onde é misturada a Grenache blanc ou a Viognier com outras variedades tintas, a branca Viura na Rioja, e no novo mundo já tem produtor misturando Pinot Noir com Chardonnay, o que, acreditem, está ficando bem bom!!
FERMENTAÇÃO: Nos vinhos tintos as uvas são passadas pelo desengaçador, para separar os bagos dos engaços e depois são amassadas e o mosto é bombeado para os tanques de fermentação. A casca tem que estar sempre em contato com o mosto, por isso o mosto está sempre sendo mexido para que as cascas não flutuem e venham formar uma espécie de nata de cascas, chamada de “chapéu”. Os tintos normalmente sofrem uma segunda fermentação, chamada de malolática. Aqui, o ácido málico é transformado em ácido láctico, a fim de dar suavidade ao vinho, tirando a agressividade e acidez em demasia do ácido málico.
Após a fermentação, alguns tintos descansam por um tempo em tanques de cimento epóxi ou aço inoxidável e depois já vão para a garrafa. Outros ainda passarão por um envelhecimento em barricas de carvalho, visando a dar uma equilibrada no vinho antes de ser envasado, podendo ainda passar por uma fase de correções, clarificações e filtro. Hoje em dia é comum verificarmos nos rótulos que o vinho não foi filtrado, podendo assim, conter sulfitos, também conhecidos como “borras”, que muitas vezes chegam a grudar na garrafa. Isso é normal, não se assustem!
Pois bem. Para o consumo e guarda, a “regra geral” é que o vinho tinto jovem deva ser consumido até os seus cinco anos de idade, para se aproveitar o frescor e a fruta. Já os vinhos tintos mais potentes, considerados “de guarda”, podem evoluir na garrafa por muitos anos, mas nem todos, hein!
Lembrem-se que aquela história que “o vinho quanto mais velho melhor” é uma balela! Cuidado! Claro que toda regra comporta exceção, haja vista os grandes vinhos de Bordeaux, mas, mesmo assim, convém recordar: “é preferível tomar um vinho anos antes, do que um dia depois!”.
Após aberto, o vinho merece um descanso antes do consumo, pois imaginem só, ele se sente como “um gênio dentro da lâmpada”, sem oxigênio algum e de repente você o desarrolha e já põe na taça e manda goela abaixo! Calma! O vinho tinto merece uma certa atenção, pedirá um tempo de adequação, respiro e equilíbrio antes de ser degustado. Relaxa!
UVAS: As mais conhecidas e usuais no mercado são as seguintes: Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Pinot Noir, Shiraz ou Syrah, Malbec, Carmenere, Tannat, Tempranillo, Sangiovese, Pinotage, Nebbiolo. Petit Verdot e Touriga Nacional.
Mas, também existem diversas outras uvas tintas espalhadas no mundo, valendo frisar: Baga, Touriga Franca, Aragonês, Bonarda, Grenache, Barbera, Gamay, Mourvedre, Nebbiolo, Nero D´Avola, Primitivo di manduria, Carignan ou Cariñena, Tinto Cão, Tinto Fino, Tinta Barroca, Tinta Roriz, Agiorgityko, Aglianico, Canonnau, Canaiolo, Cinsault, Corvina, Molinara, Rondinella, Dolcetto, Malvasia Nero, Mazuelo, Monastrell, Negroamaro, Pinot Meunier, Zinfandel, entre muitas mais.
SERVIÇO: Para os vinhos tintos, procure servi-lo numa temperatura média de 16ºC a 18ºC. Lembre-se, acima de 20ºC não fica legal. Por isso, se não tiver uma adega, não hesite em deixar a garrafa por alguns minutos antes na geladeira para dar uma resfriada, ou então, sirva-o num decanter sobre uma assadeira com água fria. Tá tudo certo!
EM MIÚDOS: Eis o vinho tinto! Eu sou suspeito pra falar, porque bebo vinho tinto o ano todo, independentemente de estação, frio ou calor. Mas que o outono é especial e deixa tudo mais gostoso, isso eu não tenho dúvidas. Aproveitem!
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